Orquestra Gulbenkian vai tocar atrás das grades na Tanoaria do Estabelecimento Prisional de Leiria, num elenco formado por reclusos e solistas profissionais.
Instrumentos, roupa, identificação. Há regras a cumprir quando se entra num Estabelecimento Prisional. E há músicos que precisam de faca para afinar.
O primeiro ensaio está feito. Os instrumentos e as roupas já chegaram a Leiria. Os músicos da orquestra profissional da Gulbenkian viajam esta sexta-feira, dia de ensaio geral, antes do espetáculo marcado para a tarde de sábado.
É a primeira vez, em 50 anos, que a orquestra profissional atravessa os muros da prisão para participar na terceira edição do projeto "Ópera na prisão", que estreia " Só Zerlina, ou Cosi Fan Tutte?".
Na Tanoaria do Estabelecimento Prisional de Leiria, a orquestra vai juntar-se com jovens reclusos que atuam como solistas.
"Vai ser muito bonito", exclama António José Miranda, primeiro violino da orquestra fundada há 37 anos. "Vai ser especial", acredita o maestro José Eduardo Gomes.