Nos arredores da capital do Minho, bem lá no alto, um restaurante continua a manter a tradição da boa mesa regional. É um clássico de Braga, que desafia a marcha do tempo.
Um dos pontos mais turísticos de Braga, que se avista, praticamente, de qualquer recanto da capital do Minho, é o monte coroado pela basílica do Sameiro.
O templo, que começou a ser construído em 1863 e só em 1979 foi concluído, em definitivo, com a abertura da cripta, é o segundo maior centro mariano de devoção em Portugal, logo a seguir a Fátima.
A igreja, com o altar-mor em granito polido, gera um quase interminável corrupio de visitantes, que encontram, mesmo ao lado e desde há muitas décadas, uma mesa à moda do Minho para confortar o estômago.
É o restaurante Sameiro, mais conhecido por Maia, nome da família que, de geração para geração, tem mantido com sucesso a liderança do negócio.
É uma casa tradicional, com décadas de existência e que mantém como lema a arte de bem servir alguns dos pratos mais tradicionais do receituário minhoto.
O espaço dá a sensação de permanecer imutável perante a marcha do tempo: elemento preponderante, a madeira de tom escuro, contrasta com a brancura das paredes com lambris naquele material; a lareira aconchegante quando o frio aperta; os cortinados nas janelas; o mobiliário; a decoração sóbria.
A ementa reflete, em toda a dimensão, a linha tradicionalista do restaurante: o bacalhau é vedeta, ou não estivéssemos no coração do Minho. Várias são as opções: à Sameiro; com natas; à Brás ou à Gomes de Sá a escolha é diversificada.
Outro prato icónico: os filetes de pescada, peixe que também pode chegar à mesa grelhado ou cozido. A cabeça, para duas pessoas, é outro pitéu para apreciadores.
O capítulo fica completo com lulas grelhadas.
Nos pratos de carnes, entre opções mais corriqueiras - lombinhos; escalopes de vitela panados; tracinhos de porco grelhados e quatro tipos de bife - destaca-se o arroz de pato à portuguesa, outro dos pratos mais apreciados.
No mesmo patamar, encontra-se o rosbife. Carne de qualidade, fatiada a preceito, tratamento exemplar do ponto de vista culinário, acolitada com o tradicional esparregado e batata frita.
Nos doces, há mimos do Sameiro: trapalhada fria e o tradicional creme queimado.
Garrafeira suficiente e serviço simpático neste clássico da restauração bracarense, Restaurante do Sameiro O Maia, em Braga.
Onde fica:
Localização: Sameiro, Braga
Telef.: 253 675 114