O México, ao longo dos anos, tem fornecido grandes figuras ao futebol.
Chega a ser algo intrigante como é que uma seleção que sempre foi das melhores do universo latino-americano nunca conseguiu uma proeza marcante em toda a existência dos Mundiais de futebol.
Vendo bem, para quem tem um número muito apreciável de participações - quinze - o melhor que atingiu foi os quartos-de-final e, coincidência ou não, somente nas duas edições que organizou, 1970 e 1986. Será que este é um dos tais casos em que apenas o fator casa consegue acrescentar o tal suplemento que lhe falta?
Também não deixa de ser curioso que o México, apesar de uma qualificação sem problemas, levante sempre algumas dúvidas quando o patamar de exigência aumenta.
Quer dizer, nas alturas em que tem pela frente seleções de dimensão superior, as coisas ameaçam descambar. Daí que muitos lembrem que, mais recentemente, os mexicanos levaram 7-1 do Chile, no centenário da Copa América, e 4-1 da Alemanha, nas Confederações. Alemães que vão voltar a defrontar agora na Rússia.
A questão, portanto, é saber como o selecionador Juan Carlos Osório vai definir a estratégia de modo a transmitir solidez a uma seleção que parece perdê-la nos momentos mais delicados.
Aparentemente, será mesmo um problema de sistematização ou de concentração, porque o México não pode lamentar-se de ter jogadores com ausência de experiência internacional. Pelo contrário, uma vez que Guillermo Ochoa, Andrés Guardado, Moreno, Herrera, Chicharito Hernandez ou Jimenez, por exemplo, são futebolistas habituados aos palcos europeus e com rodagem suficiente em alta competição.
O México, ao longo dos anos, tem fornecido grandes figuras ao futebol, mas ao nível dos Mundiais ter surgido sempre como uma eterna promessa. Só que o tempo passa e da promessa não sai.