Seleção nórdica não conta com a estrela dos últimos anos, Zlatan Ibrahimovic
Existe uma enorme tentação de se falar da Suécia por causa...da Itália. É que, como todos sabemos, os principais responsáveis pelo afastamento de uma seleção histórica nos Mundiais foram estes suecos, no tal fatídico play-off da "squadra azzurra". Simplesmente, reduzir o papel dos nórdicos a este episódio seria muito pouco.
Há alturas em que se sente que nada voltará a ser como dantes. E a Suécia, de alguma forma, está a passar por um desses momentos, agora que não mais contará com Zlatan Ibrahimovic.
É verdade que ele só esteve em dois Mundiais, 2002 e 2006, e que a Suécia não foi além dos oitavos de final, até em contraste com grandes campanhas que realizou nos anos 30, 50 e até 90 do século passado, incluindo o segundo lugar de 1958 quando foi o país organizador.
Seja como for, Ibra ficará para sempre como a grande referência de uma seleção que sempre foi encarada como problemática para qualquer adversário. Mesmo que nem sempre a Suécia tenha atingido o estrelato que outros conseguiram.
Portanto, a partir deste Mundial na Rússia, abre-se um novo caminho. Se melhor ou pior logo se verá, mas existe por parte dos nórdicos alguma esperança num certo renascimento a médio prazo.
Depois do último Europeu, para lá de Ibrahimovic, também saiu o selecionador Erik Hamrén e, com a chegada de Janne Andersson, a transformação foi notória. Ao contrário do que sucedeu, por exemplo, nos tempos de Lars Lagerback boa parte dos jogadores não provém dos chamados colossos europeus. Aliás, os dois nomes ligados a clubes mais sonantes, são Emil Forsberg, que alinha no Leipzig, e Lindelof, do Manchester United.
Mas, como em tudo, é preciso começar por algum lado. E, até ver, a Suécia está a começar bem.