Ingleses não vencem campeonato do mundo desde 1966.
Já lá vai o tempo em que a Inglaterra, sempre que se aproximava um Mundial de futebol, era incluída na habitual lista de favoritos. O facto de ter sido o país fundador da modalidade sempre pesou, talvez fazendo com que a realidade inglesa ao nível das seleções, por vezes, tenha sido sobrevalorizada.
Enfim, sejamos sinceros, é verdade que a Inglaterra sempre possuiu grandes jogadores, alguns deles dos melhores da história, e bons treinadores, conhecedores profundos das matérias.
Acontece que a questão é outra. O conceito de seleção - ou o seu desdobramento em grandes competições internacionais - surgiu quase sempre desequilibrado em relação às necessidades. Aliás, são os próprios ingleses, com algum humor negro, a lamentarem-se que ou os jogadores são muito bons e o selecionador um inapto...ou o selecionador é muito bom e os jogadores uns inaptos.
Claro que isto não é exatamente assim, mas serve para entender que a Inglaterra andou ao longo dos anos, provavelmente, a prometer mais do que podia.
De qualquer modo, honra lhes seja feita, os ingleses souberam aproveitar a grande oportunidade que se lhes deparou, em 1966. Ou seja, não falharam e conquistaram o único título até hoje. Algo que, acrescente-se, somente Uruguai e Argentina também conseguiram: ganhar em casa numa única organização.
Chegados então a 2018, aquilo que toda a Inglaterra ambiciona é que, desta feita, o selecionador Gareth Southgate e jogadores como Harry Kane, Rashford, Dele Alli, Sterling, Ashley Young ou Welbeck estejam todos no mesmo patamar de garantia. É certo que Joe Hart ficou de fora, mas Southgate deve saber o que está a fazer.