Presidente define um prazo para o novo futuro de Portugal. Um ano depois da tragédia dos fogos em Pedrogão Grande,Marcelo quer que até ao fim da próxima legislatura sejam corrigidas as diferenças entre o Portugal dominante e o Portugal esquecido.
Marcelo Rebelo de Sousa entende que até ao fim da próxima legislatura, até 2023, vamos perceber se somos ou não capazes de corrigir as assimetrias e de ultrapassar as desigualdades que teimam em permanecer entre o interior e o litoral. Um desafio que já está em marcha para um Portugal diferente.
Num artigo de opinião no jornal Público, o Presidente escreve que o tempo é muito limitado e que existem oportunidades que ou se agarram de vez ou estão perdidas para sempre.
Marcelo insiste: não podemos condenar alguns portugais a serem ignorados, esquecidos e menosprezados porque isso significa que falhamos como pais.
Só se enfrenta esta questão, acrescenta Marcelo em declarações ao Expresso, se houver um reequilíbrio económico e social que permita esbater os desequilíbrios.
O Chefe de Estado sublinha que fazer renascer a vida não se limita a este ano evitar que se repita a tragédia ou no próximo ou no outro. É muito mais do que isso. É olhar para aqueles portugais desconhecidos que estão longe do pensamento do que tem sido o Portugal dominante, seja na comunicação social, na economia, na sociedade ou na política.
No artigo de opinião no Público, Marcelo afirma a necessidade de olhar o novo futuro mas não deixa de destacar que a ocasião, passado um ano, é também de retirar lições do que falhou. Falha humana, eventualmente, assim como falhas por razões estruturais, conjunturais e de politicas.
O Presidente está de regresso este fim de semana ao terreno com duas certezas. Marcelo declara ao Expresso a convicção de que grande parte do país abriu os olhos para uma realidade que desconhecida mas também que o tempo vai-se esgotando para mudar as coisas, esta oportunidade histórica não pode perder-se.