Um ano depois do grande incêndio em Pedrogão Grande, o Turismo do Centro garante que está tudo pronto para a época alta e há mesmo registos de crescimentos acima da média nacional.
As cerca de 50 estruturas e atrações turísticas atingidas pelos incêndios do ano passado estão prontas para voltar a receber visitantes.
Os proveitos da atividade hoteleira na região Centro aumentaram 26% entre março do ano passado e este ano. Os números do Instituto Nacional de Estatística mostram também que a zona mantém uma tendência de dormidas acima da média nacional.
Depois de uma primeira fase em que as reservas hoteleiras apresentaram quedas superiores a 70%, o setor voltou à normalidade e apresentou até melhorias. É isso mesmo que acontece em Proença-a-Nova, no coração das aldeias de xisto, onde o tradicional restaurante Casa da Ti' Augusta apresenta uma taxa de reservas superior à do ano passado. Ou na Ferraria de São João, em Penela, onde a taxa de reservas ronda a ocupação total.
São dados que animam Pedro Machado, presidente da entidade regional Turismo do Centro porque mostram que as campanhas de promoção do destino funcionaram.
"O lema que lançamos, no sentido de que ajudar o centro de Portugal era visitar e ficar" ajudou a inverter o número de cancelamentos "que estavam a ser feitos sobretudo para os territórios atingidos pelos incêndios", confirmou Pedro Machado, acrescentando que mais tarde registou-se mesmo um "aumento exponencial, comparativamente com o período homólogo de 2017".
O presidente do Turismo do Centro admite que foi solidariedade mas não só. Pedro Machado lembra que a região está bem posicionada - entre Lisboa e o Porto, com oferta de eventos culturais e diversidade.
Pedro Machado acrescenta que os mercados brasileiro, americano e canadiano têm crescido muito em Portugal, com particular interesse para o turismo judaico.
"Este segmento de mercado está hoje a confirmar no centro de Portugal novas oportunidade de negócios", explicou Pedro Machado. Já há hotéis focados em oferecer produtos kosher, ou seja, alimentos adequados e permitidos pelas leis alimentares do judaísmo.