Sociedade

Costa destaca "força inspiradora" das populações afetadas pelos incêndios

O Primeiro-ministro António Costa (E) cumprimenta populares à saída da missa na Igreja Matriz de Pedrogão Grande 17 junho 2018 em Pedrogão Grande. PAULO CUNHA/LUSA © Paulo Cunha/Lusa

À saída da missa em memória das vítimas dos incêndios, na vila de Pedrógão Grande, o primeiro-ministro lembrou que "é preciso que o país se habitue a não aguardar por tragédias".

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou este domingo que o país tem de se habituar "a não aguardar pelas tragédias" para dar importância àquilo que é estrutural, elegendo a floresta e o interior como prioridades.

"É preciso que o país se habitue a não aguardar pelas tragédias para dar importância àquilo que é verdadeiramente estrutural", frisou António Costa, recordando, após a missa em memória das vítimas dos incêndios de há um ano, realizada na vila de Pedrógão Grande, que o Governo arrancou ainda em 2016, antes dos grandes fogos, com a reforma da floresta e a criação da Unidade para a Missão de Valorização do Interior.

Segundo o primeiro-ministro, há duas questões estruturais que o país tem de enfrentar e para as quais hoje, "infelizmente, está mais alerta do que devia ter estado a tempo e horas": as necessidades de revitalizar o interior e de concretizar a reforma da floresta.

À saída da missa, António Costa realçou a capacidade de resiliência e de superação das populações. "É uma força inspiradora para todos nós vermos como as pessoas, perante a tragédia, perante o drama que sofreram, em vez de abandonarem, em vez de desistirem, estão aqui prontas para a luta, para reconstruir este território e reconstruírem as suas vidas", frisou.

O primeiro-ministro realçou que apenas três pessoas não tiveram vontade de reconstruir as suas casas de primeira habitação e que a generalidade das empresas afetadas decidiu avançar com a reposição do potencial produtivo.

"Hoje, é um dia que nos curvamos perante a memória daqueles que faleceram, que relembramos a dor daqueles que perderam os seus familiares, daqueles que ficaram feridos graves e que ainda hoje padecem do sofrimento e do trauma deste incêndio", disse.

António Costa, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, foram algumas das personalidades que estiveram presentes na missa em memória das vítimas, na Igreja Matriz de Pedrógão Grande.