Mais de dez mil pescadores italianos aderiram à greve desta sexta-feira contra os preços dos combustíveis. Entretanto, na França, os manifestantes do sector bloquearam o porto do Havre e uma estação de serviços perto de Cherbourg.
Entre onze a doze mil pescadores italianos aderiram à greve desta sexta-feira contra os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis, disse à agência France Press a porta-voz da Federcoopesca, a principal federação do sector pesqueiro em Itália.
O movimento está a contar com uma forte participação sobretudo em Marche e Molise, duas regiões do centro do país que acompanham o Mar Adriático, o braço do mar Mediterrâneo que banha a Itália.
Na região de Roma, os pescadores ocuparam uma parte do cais e penduraram bandeiras nas embarcações a fim de explicar as razões da greve, sendo que as formas de manifestação variam de região para região.
«A greve vai durar pelo menos até que o ministro da Agricultura, Luca Zaia, nos receba», tinha assegurado há dois dias a federação, que representa 80 por cento do sector.
Entretanto, os pescadores da baía do Sena, no noroeste da França bloquearam, esta sexta-feira, o porto do Havre, no âmbito das acções de protesto contra o aumento do preço dos combustíveis e as quotas europeias.
Cerca de 20 embarcações de pesca ocuparam, a meio da manhã, o porto de Havre, o segundo maior porto francês, impedindo qualquer movimento de navios.
Além disso, alguns pescadores bloquearam, com cinco ou seis automóveis, uma estação serviço perto de Cherbourg.