Chefes de Estado de Portugal e EUA estiveram reunidos esta quarta-feira.
Marcelo Rebelo de Sousa reuniu-se com Donald Trump, na Casa Branca, e realçou por diversas vezes a relevância de uma aliança história de 242 anos com um "país amigo".
Em declarações aos jornalistas portugueses no final do encontro, o Presidente da República reconheceu a existência de muitas questões diferentes entre os chefes de Estado.
"Alguns dos temas eram temas que, embora objeto de uma resposta a pensar nos EUA, diziam respeito a matérias em que a UE tem posições diferentes dos EUA. Nestes encontros, quando há posições diferentes, não se escondem as posições diferentes, exprimem-se. O que posso dizer é que se exprime com o mesmo calor com se caracterizou a reunião. O mesmo calor que há na parte afirmativa de convergência, houve na parte da existência de divergências", explicou o Presidente da República.
Mas não foram as opiniões divergentes que prejudicaram a reunião de ambos. "O encontro foi caloroso e não teve a ver com características psicológicas [mas sim] porque havia uma predisposição criada pelo calor existente entre os dois povos e por um peso que eu intuía mas nunca pensei que fosse tão grande, da comunidade portuguesa aqui", explicou.
Quando questionado sobre o estado psicológico do homólogo, Rebelo de Sousa foi perentório: "O chefe de Estado não comenta psicologicamente nem politicamente chefes de Estado. Não é a sua função, primeiro porque não é comentador e segundo porque não comenta um chefe de Estado de um país amigo há 242 anos".
E sendo que Marcelo foi à Casa Branca, o Presidente português não convidou Trump para uma visita a território nacional? "Os convites são formulados formalmente por canais próprios e esses encontros não são encontros vocacionados para esse tipo de convites. O que era prioritário está atingido. Convido quando assumem funções, formalmente. Felicito e convido. Aqui não se tratava de formalizar um convite especifico", especificou o chefe de Estado.