Portugal

Cavaco incentiva portugueses a serem «exigentes e rigorosos»

Cavaco Silva durante o discurso que proferiu na sessão solene do 10 de Junho Lusa

O Presidente da República quer que os portugueses sejam «exigentes e rigorosos» consigo mesmos. No discurso na sessão solene do Dia de Portugal, Cavaco Silva disse ainda que «urge investir na nossa rede diplomática e consular».

O Presidente da República pretende que os portugueses sejam «exigentes e rigorosos» consigo mesmos para que o património que herdámos «se transforme num verdadeiro instrumento ao serviço do progresso e da prosperidade do nosso povo».

No seu discurso na sessão solene do Dia de Portugal, em Viana do Castelo, Cavaco Silva deixou ainda claro que o país tem de ter «instituições fiáveis» e tem de crescer e inovar para que possa «aspirar a uma intervenção relevante no plano externo».

Sobre o Tratado de Lisboa, o chefe de Estado recordou que este documento «representa uma inequívoca vitória da diplomacia e é um exemplo e instrumento decisivo para a saída do relativo impasse que ameaçava a construção europeia após a rejeição do anterior tratado por alguns países».

Cavaco Silva saudou ainda a recente presidência portuguesa da União Europeia, onde se obtiveram «importantes avanços no relacionamento externo da União» nomeadamente através das cimeiras entre a UE e alguns países e blocos.

O chefe de Estado entende ainda que o universalismo português no mundo da globalização não está a ser rentabilizado no seu potencial máximo, um «universalismo que se tornou a nossa verdadeira imagem de marca».

«Urge investir na nossa rede diplomática e consular, dotando-a de capacidades que lhe permitam corresponder cabalmente ao que delas se espera, enquanto activo fundamental para a promoção e defesa dos nossos interesses políticos económicos e culturais, no apoio às nossas empresas e aos nossos cidadãos, designadamente às comunidades portuguesas e luso-descendentes», acrescentou.

Cavaco Silva considerou ainda necessário «aproveitar a influência, apoiar a inserção política e valorizar a capacidade empreendedora dos cinco milhões de compatriotas que vivem fora do país» e «continuar a apoiar a internacionalização das nossas empresas».