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"Se justiça impedir libertação de Lula temos de fazer uma grande manifestação"

epa06795389 Gleisi Hoffmann, senator and president of the Workers Party (PT), attends the Partido de los Trabajadores (PT) national launch of the pre-candidacy for Presidency of Luiz Inacio Lula da Silva in Contagem, Minas Gerais, Brazil, 8 June 2018. Although he leads all polls of intention to vote for the presidential, Lula is currently serving a sentence of 12 years in prison for corruption and is disqualified electorally for having been convicted by a collegiate court in second instance. EPA/PAULO FONSECA EPA

Líder do Partido dos Trabalhadores (PT) pede que apoiantes de Lula da Silva se unam caso a justiça decida manter o antigo Presidente preso.

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e senadora, reagiu às diversas notícias sobre a suspensão da decisão de libertação de Lula da Silva e deixou duras críticas à justiça brasileira.

"O Presidente Lula teve uma decisão favorável, um habeas corpus decidido pelo desembargador em plantão do TRF-4, o juiz Rogério Favreto. Essa decisão precisa de ser cumprida. O juiz Sérgio Moro, numa manifestação política, tentou orientar contra essa decisão. O juiz Sérgio Moro não pode fazer isso, tem de cumprir uma decisão de instância superior", assegurou Gleisi Hoffmann num vídeo partilhado no Twitter.

Na opinião da presidente do PT a saída de Lula da Silva da prisão "seria muito importante para que o estado democrático de direito do Brasil fosse fortalecido" e está tudo pronto para que isso aconteça: "os carros já estão posicionados para o Presidente Lula da Silva sair".

Porém, a senadora garante que é preciso os apoiantes de Lula saírem à rua se a decisão de Rogério Favreto não for cumprida. "Se tiver algum golpe ou ação da justiça ou de setores da justiça brasileira para tentar impedir a soltura do Presidente Lula temos de fazer uma grande manifestação em Curitiba e em todos os lugares do país".

"Está em jogo a nossa democracia", ressalva Gleisi Hoffmann.

Recorde-se que, esta tarde, o juiz do Tribunal Regional Federal da 4ª Região aceitou o habeas corpus do antigo Presidente brasileiro e, consequentemente, a libertação. Sérgio Moro contrariou a decisão, assim como o juiz desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do caso Lava Jato em segunda instância, que deu a libertação como suspensa.