Quase 500 bebés portugueses nasceram, nos últimos dois anos, no hospital de Badajoz (Espanha), depois de encerrada a sala de partos do hospital de Elvas, a 12 de Junho de 2006, revelou um responsável médico espanhol.
O director médico do Hospital Materno-Infantil de Badajoz, Marcelino Moreno, disse à Agência Lusa que, desde o fecho da sala de partos da cidade alentejana e até esta quarta-feira, nasceram na unidade espanhola «495 bebés portugueses».
«Mais de 90 por cento das grávidas de Elvas e Campo Maior vêm a Badajoz, apesar de também poderem optar pelos hospitais de Portalegre e de Évora, o que, para nós, é uma satisfação», afiançou o director médico.
No âmbito do acordo celebrado em 2006 entre as autoridades de saúde portuguesas e as da Extremadura espanhola, o mesmo hospital de Badajoz atendeu, nos últimos dois anos, um total de «1.471 grávidas» oriundas dos concelhos de Elvas e de Campo Maior.
«Destas, 746 mulheres necessitaram de ser hospitalizadas durante a gravidez», acrescentou Marcelino Moreno.
Segundo o mesmo responsável, os números acumulados de dois anos de protocolo confirmam que o hospital de Badajoz «tem capacidade» para realizar o atendimento às parturientes portuguesas, além das espanholas.
«Em cada um dos anos, a incidência dos bebés portugueses tem sido mais ou menos a mesma. Com o passar do tempo, confirma-se o que sabíamos de antemão, que não teríamos uma incidência maior de partos no hospital», sublinhou.
A sala de partos do Hospital de Santa Luzia, de Elvas, fechou portas a 12 de Junho de 2006 e, desde então, as grávidas daquele concelho e do município vizinho de Campo Maior podem optar entre a unidade de Badajoz (a cerca de 12 quilómetros) e os hospitais portugueses de Portalegre (cerca de 60) e Évora (a mais de 80).