Santana Lopes aplaudiu, esta sexta-feira, o facto de Ferreira Leite se demarcar do PS e afirmar que não vai alimentar especulações em torno da formação de um Bloco Central. Para Rui Rio, o discurso da nova presidente do partido foi o mais correcto.
Pedro Santana Lopes aplaudiu, esta sexta-feira, o facto de Manuela Ferreira Leite, no discurso que abriu o congresso do PSD em Guimarães, se demarcar do PS e afirmar que não vai alimentar especulações em torno da formação de um Bloco Central.
«Não esperam de mim que esteja de acordo com o discurso de uma pessoa de cujo programa discordei, mas hoje prefiro ressaltar aquilo com que estou de acordo», nomeadamente de «marcar a alternativa face ao PS» e de «dizer que não alimenta especulações relativamente ao Bloco Central», disse.
No entanto, continuou, talvez este sábado «seja ocasião, também de maneira educada, de marcar as diferenças grandes que existem» relativamente à presidente do PSD.
O candidato derrotado à liderança do PSD chegou bastante atrasado ao pavilhão onde decorre o congresso, porque o seu motorista se perdeu e foi parar a Braga.
«Ainda bem que é do partido e não meu pessoal, senão ainda achavam que fiz de propósito», disse, acrescentando que ainda gostaria de reler a intervenção de Ferreira Leite, antes de fazer uma apreciação mais profunda.
Afirmando-se constipado e com febre, Santana Lopes disse que valeu a pena o esforço de vir a Guimarães porque «a boa educação compensa sempre».
«É um discurso mais directo e mais frontal relativamente aos problemas do país. É mais correcto do que tentarmos empolgar a parte mais emocional das pessoas», disse, por seu lado, Rui Rio, presidente da autarquia do Porto.