Ribau Esteves considerou, este sábado, que «o PSD está muito doente» e ameaçado pelo «risco da institucionalização das facções internas», recomendando por isso que o partido «tem de mudar de vida».
Na véspera de deixar de ser secretário-geral do partido, cargo que desempenhou durante cerca de oito meses, sob a liderança de Luís Filipe Menezes, o dirigente leu um discurso que foi até agora o mais aplaudido do XXXI Congresso do PSD, em Guimarães.
Ribau Esteves arrancou os primeiros aplausos quando atacou os «incomodados por esse PSD em surgimento», que, em sua opinião «não deram tréguas, com a crítica sistemática, pegando em tudo para crítica destrutiva».
O que esses fizeram foi dar «um contributo relevante para o desgaste da imagem pública do PSD», completou.
O dirigente entende que o PSD de Luís Filipe Menezes estava a ganhar a «confiança dos portugueses». Mas, continuou, «infelizmente há sempre uns companheiros que ao longo dos últimos anos não têm feito outra coisas que não seja desestabilizar e promover a intriga dentro do PSD».
Ribau Esteves afirmou também que a demissão de Menezes de presidente do PSD, no dia 17 de Abril de 2008, foi «uma atitude gravemente prejudicial" para os sociais-democratas, porque "criou novos problemas e uma nova fonte de desmotivação».