"Pântano" e "logro permanente" foram algumas das expressões que a líder do CDS-PP usou para descrever a atuação do governo.
A líder do CDS-PP teceu duras críticas à atuação do governo durante o encerramento do congresso do CDS-PP/Madeira. Assunção Cristas disse que a governação do executivo de António Costa é "um logro permanente" e que "nenhum setor da governação está bem", vincando que o "tempo de enganar toda a gente está a esgotar".
"Quando olhamos setor a setor da governação, o que nós percebemos é que tem havido aqui um engano sistemático, um logro permanente, para não ir para outra terminologia menos simpática", afirmou Cristas.
Assunção Cristas elencou os problemas que vê na governação encabeçada pelo Partido Socialista: "Não estamos bem no Orçamento de Estado, não estamos bem na dívida que continua a não baixar, não estamos bem nas dívidas que acumulam em vários setores, com a saúde a ser o prior dos exemplos, não estamos bem naquilo que é o serviço público em áreas tão distintas quanto os transportes públicos, a saúde, a educação, a segurança", afirmou a líder centrista, destacando o caso do furto de material militar em Tancos em 2017.
"Como é possível que quase um ano e meio depois, nós continuemos envolvidos num enorme pântano?", questionou, referindo-se às notícias que indicam que o material não terá sido recuperado na totalidade.
Assunção Cristas afirmou que o tempo do governo "enganar toda a gente" está a esgotar, sobretudo devido às suas "profundas contradições", onde se destacam os dados que apontam 2017 como o "ano de maior carga fiscal de sempre".
"Temos um governo que não fala verdade às pessoas", disse, realçando, no entanto, que o país está "um bocadinho melhor" no crescimento económico, mas já "infelizmente a desacelerar".
A líder do CDS-PP defendeu que é necessário estimular a atividade empresarial privada para garantir o crescimento sustentável da economia e, por outro lado, salientou que é imperativo do partido "aumentar fortemente" o número de deputados na Assembleia da República.
"Precisamos de força não só para desmascarar, mas para arredar aquilo que tem sido o governo nacional", rematou.