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Claro como água?

A Honda acaba de anunciar a entrada em produção do FCX Clarity, um veículo alimentado a célula de combustível, que apenas emite água pelo tubo do escape.

O FCX Clarity surge após 19 anos de desenvolvimento, e é anunciado pela Honda como o primeiro automóvel "real" a célula de combustível. O lançamento marca, diz a empresa japonesa, o início de uma nova era de motores mais limpos.

A fábrica de Tochigi, no Japão, passa a contar com uma linha de produção exclusiva para veículos a célula de combustível, uma linha que inclui processos dedicados à produção deste tipo de veículos, tais como a instalação da pilha de células de combustível e do depósito de hidrogénio.

O FCX Clarity foi concebido de raiz como um veículo a célula de combustível, e é movido por um motor eléctrico alimentado por uma pilha de células de combustível produzida internamente pela Honda. Com uma aparência baixa, dinâmica e sofisticada, uma linha «autorizada» pela disposição do grupo de células de combustível, a Honda garante que o FCX Clarity oferece performances e sensações de condução superiores, para além de ser um veículo «ambientalmente correcto».

O início das «vendas» está programado para este mês nos E.U.A. e para o próximo Outono no Japão. O FCX Clarity foi apresentado numa cerimónia realizada no final da linha de produção no Centro de Desenvolvimento de Novos Modelos Automóveis da Honda em Tochigi. Entre as primeiras pessoas a adoptar o FCX, encontra-se a actriz Jamie Lee Curtis. Aliás, a maior parte dos «clientes» FCX vive na Califórnia, estado norte-americano onde existe a única rede (digna desse nome) de abastecimento de hidrogénio a nível global.

Na Califórnia, ou mais precisamente, em três condados do estado da Califórnia, a Honda conta distribuir 150 FCX durante os próximos três anos. O automóvel pode ser alugado por 600 dólares por mês, por um período de três anos, a manutenção está incluída mas não existe hipótese de compra no final do contrato. A potência gerada pelo motor eléctrico é de 134 cv, e o FCX tem uma autonomia de 700 quilómetros.
 
A Honda não revela o preço do automóvel, e os tais 600 dólares/mês do leasing não chegam, nem de perto de nem de longe, para cobrir custos de produção que ainda andam longe de viabilizar um esquema comercialização «clássica». Estas contas levam alguns especialistas a criticar a designação de «primeiro automóvel real a célula de combustível».