A reunião do G8 desta acontece numa altura em que a maioria dos participantes apresenta fracos níveis de popularidade. Os governantes dos oito países reuniram-se, esta segunda-feira, com líderes africanos num hotel de luxo para discutir a fome em África.
A reunião dos líderes dos países mais industrializados do mundo e a Rússia acontece, a partir desta segunda-feira no Japão, num momento em que a maioria dos participantes apresenta fracos níveis de popularidade.
Segundo uma sondagem da agência Reuters, apesar desta ser a primeira participação do novo presidente russo na cimeira do G8, Dmitri Medvedev supera a média de 48 por cento de popularidade dos restantes líderes.
Os representantes dos EUA, Reino Unido, Japão, Alemanha, França, Itália e Canadá apresentam uma popularidade abaixo dos 48 por cento, sendo a chanceler alemã Ângela Merkel a mais popular entre os impopulares.
As dificuldades com que gerem os países reflectem-se na popularidade dos governantes, daí o primeiro-ministro do Japão, que lidera em minoria e com forte aposição parlamentar, ter sido considerado o mais impopular, à semelhança do representante do Canadá.
Entre os mais impopulares encontra-se o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, que não teve um ano fácil com o seu partido a perder várias eleições importantes e com as sondagens a garantirem uma derrota do Partido Trabalhista em 2010.
De saída do governo norte-americano, George W. Bush assumiu, este domingo, que a economia do país atravessa dificuldades, com o dólar muito fraco e a depender dos combustíveis.
A Itália chega, pela primeira vez, à cimeira do G8 com um governo forte, mas liderado pelo magnata Sílvio Berlusconi que perde muito tempo a tentar salvar a própria pele da justiça.
Por seu lado, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, acérrimo defensor das leis proteccionistas e da eliminação de subsídios à produção e à exportação de produtos agrícolas, vai participar no encontro para discutir o combate à crise alimentar e a ajuda à fome em África.
Entretanto, durante a manhã desta segunda-feira, o G8 e sete líderes africanos encontraram-se num hotel de luxo, com um pequeno-almoço de luxo, para discutir a fome em África, no mesmo dia em que o governo inglês divulga um estudo segundo o qual os britânicos deitam cerca de quatro mil toneladas de comida fora todos os anos.