Política

CDS diz que "não é possível aprovar este OE" e promete "não desistir" de Tancos

Leonardo Negrão / Global Imagens

Centristas dizem-se "convictos de que o OE passará". Assunção Cristas garante ainda que o partido "não deixará morrer" o desaparecimento de material militar "sem que tudo seja esclarecido"

Assunção Cristas garantiu, esta segunda-feira, no Palácio de Belém que "para o CDS não é possível sequer pensar em aprovar este Orçamento", tendo em conta a diferença que existe entre as propostas "das esquerdas unidas" e as defendidas pelo partido que lidera.

No final da audiência de perto de uma hora e meia com o presidente da República, a presidente centrista disse-se convicta de que "o OE passará", mas rejeita que isso possa acontecer com os votos do CDS.

Em declarações aos jornalistas, a presidente do CDS referiu vários temas que preocupam o partido, que vão desde a "degradação evidente na prestação de serviços da parte do Estado, nomeadamente na área da saúde", à "quebra de investimento notória, em particular na área das infraestruturas", salientando o que ainda falta saber sobre o caso de desaparecimento de material militar em Tancos.

"O CDS não deixará morrer este assunto sem que tenha sido esclarecido tudo aquilo que se passou", asseverou Assunção Cristas, reiterando que "a questão está longe de estar encerrada". "Os protagonistas desta história não estão em condições de a levar a bom porto", acrescentou a presidente do CDS, reservando para depois das audições na Comissão de Defesa, no parlamento, eventual pedido por parte do partido para a criação de uma Comissão de Inquérito.

Questionada pelos jornalistas sobre a polémica que envolve Ricardo Robles, Cristas rejeitou qualquer comentário. "Seria uma grande deselegância da minha parte, uma deselegância institucional com o presidente da República".