Alberto João Jardim garantiu que é ele quem é a «verdadeira oposição» ao Governo da República. Em Porto Moniz, o presidente do Governo Regional da Madeira explicou oposição é dizer vermelho quando o Governo diz verde.
O presidente do Governo Regional da Madeira considerou, num discurso que fez este domingo, em Porto Moniz, que é ele que é a «verdadeira oposição aquilo que se passa no Continente».
«Não chamo oposição aqueles que quando o Governo diz que é verde, ela diz que é verde-escuro. Chamo oposição quando o Governo diz que é verde e eu digo que é vermelho, salvo seja», frisou Alberto João Jardim.
«Neste 30 anos, mostrei que as minhas políticas batiam certas e eles não mostram coisa alguma, por isso é que sou a verdadeira oposição àquilo que se passa no continente», frisou, acrescentando que o facto de Portugal enfrentar o pior desemprego desde o 25 de Abril, mostra que as políticas do actual Executivo «não prestaram».
Presente na Feira do Gado desta vila madeirense, o dirigente madeirense mostrou-se ainda contra o que chamou de «desumanização da política» existente em Portugal e na Europa, a «mesma política do tempo de Salazar, a mesma política orçamentista».
«As escolas orçamentistas criticam-me por fazer obras que serão pagas pelas diversas gerações que se seguem e que não se deve ficar a dever. Eu penso ao contrário, estas obras tanto vão servir as gerações actuais como as futuras que também terão de ajudá-las a pagar», continuou o dirigente madeirense.
Alberto João Jardim acusou o Governo da República de «nada estar a fazer na Região Autónoma da Madeira» e de apenas ter na ilha «militares, forças de segurança e tribunais, que é para nos vigiar».
Aludindo à futura revisão constitucional, Jardim, que disse não ser separatista, defendeu que a região «tem que ter outras leis, para que os seus representantes, eleitos pelo povo, tenham condições de trabalhar por ele».