Na ressaca da decisão da Procuradoria-geral da República que ordenou o arquivamento do processo sobre o desaparecimento de Madeleine McCann, esta manhã, nas páginas do Diário Económico, o antigo director nacional da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro, critica a decisão e mais uma vez fala em precipitação.
O ex-director da PJ, Alípio Ribeiro, não compreende como é que se pode dar como terminado um inquérito por falta de prova decorrido tão pouco tempo sobre o desaparecimento de Madeleine.
O tempo pode ser factor decisivo numa investigação. Alípio Ribeiro diz que «muitas vezes só há resultados muitos anos depois».
O antigo director da PJ desvaloriza a ideia de que a Procuradoria-geral da República pode vir a abrir o inquérito caso surjam dados novos.
Alípio Ribeiro considera que um «arquivamento precipitado», como o classifica, pode «primeiro levar à devassa dos elementos de prova recolhidos até agora, segundo leva quase sempre ao fim definitivo do inquérito, porque o Ministério Público tem por hábito não voltar a reabrir processos já arquivados».