O Boavista admitiu, este segunda-feira, que apenas deve jogar na Liga principal e exigiu responsabilidade pelo «mal feito» em todo este caso, que determinou a descida do clube para a Liga de Honra. Já o Paços de Ferreira fez saber que nunca duvidou de chegar à Liga principal.
O Boavista admitiu, este segunda-feira, que apenas aceita participar na Liga principal de futebol, afastando assim a possibilidade de despromoção no âmbito do processo de corrupção Apito Final.
Em conferência de imprensa, o presidente do clube revelou a existência de uma «vontade grande» de «fazer mal» aos axadrezados e sublinhou ser «inaceitável» o que está a acontecer.
Álvaro Braga Júnior reagia assim à decisão da direcção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que adoptou o parecer solicitado a Freitas do Amaral, segundo o qual a polémica decisão do Conselho de Justiça que despromoveu o Boavista para a Honra e suspendeu o presidente do FC Porto por dois anos foi válida.
«Todos vão ser responsabilizados, desde a Comissão Disciplinar da Liga (Portuguesa de Futebol Profissional) até à direcção da Federação (Portuguesa de Futebol)», acrescentou, lembrando a existência de três providências cautelares, que foram aceites pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa.
«Apelo aos boavisteiros, que tenham cargos na FPF, para se demitirem já amanhã (terça-feira). O nosso futebol não tem emenda. Nunca precisei de pareceres para defender as minhas opiniões», afirmou, em alusão ao documento encomendado a
Freitas do Amaral.
«Não fomos notificados de nada e, por isso, estamos na primeira divisão. Vamos aguardar 48 horas e depois iremos ter uma reunião com os sócios», acrescentou.
Entretanto, em declarações à TSF, o presidente do Paços de Ferreira, clube que sobe à primeira divisão devido à descida do Boavista, disse que a decisão da Federação Portuguesa de Futebol foi o desfecho em que sempre acreditou.
Fernando Sequeira adiantou que, «desde a primeira hora», o clube preparou-se sem hesitações para ter uma equipa à altura da primeira liga.