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Defendeu os direitos humanos. Agora pode ser condenada à pena de morte

REUTERS

Israa al-Gohmgham pode ser a primeira mulher ativista a ser executada na Arábia Saudita.

Uma ativista dos direitos humanos de 29 anos pode vir a ser a primeira mulher a enfrentar uma pena de morte na Arábia Saudita.

A feminista Israa al-Gohmham, detida desde 2015 juntamente com outros cinco ativistas, é acusada pelos procuradores sauditas de incentivar manifestações pelos direitos humanos da minoria xiita, denuncia a Human Rights Watch.

Num relatório divulgado na terça-feira, a Human Rights Watch explica que "o caso estabelece um precedente perigoso para outras mulheres ativistas atualmente atrás das grades."

Além das manifestações pelos direitos, a mulher é acusada de ter disseminado as mensagens pelos direitos das mulheres através de vídeos nas redes sociais.

De acordo com o New York Times, o caso está a enfraquecer o príncipe Mohammed bin Salman. O herdeiro da coroa saudita apresentou-se ao mundo como reformador, apaziguando algumas das regras mais rígidas do reino de Riad.

A Arábia Saudita é ainda um dos países que mais aplica a pena de morte. Nos últimos meses, pelo menos 48 pessoas foram executadas, a maioria por decapitação.