Francisco receia uma catástrofe humanitária na província síria de Idlib onde há notícia de que estará para breve um ataque do exército das forças governamentais. A região é vista pelo regime de Bashar al - Assad como um dos últimos redutos da oposição.
O Papa Francisco lançou o apelo a todas as forças envolvidas no conflito sírio. Este domingo, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o chefe da Igreja Católica renovou o pedido à comunidade internacional "para que recorram aos instrumentos da diplomacia, do diálogo e das negociações, no respeito pelo direito internacional para salvaguardar a vida dos civis".
De acordo com as Nações Unidas, a primeira ofensiva das tropas governamentais naquela província levou cerca de 700 mil residentes a abandonar a região.
Esta semana, o ministro sírio dos negócios estrangeiros garantiu que a Síria não iria deixar de levar a ofensiva até ao fim. Garantiu também que os principais alvos das tropas de Damasco são os militantes da al-Nusra (atualmente Frente para a Conquista da Síria/Levante) comprometendo-se a evitar a morte de civis.
Para os estados Unidos esta ofensiva representa uma escalada num conflito que se prolonga há sete anos.
A Frente al-Nusra anunciou, em 2016, o corte de relações com a Al-Qaeda. O objectivo foi o de tirar força à justificação dos Estados Unidos e da Rússia para bombardearem as suas posições na Síria. O grupo, que agora se chama Frente al- Sham ( Frente para a Conquista da Síria/Levante) é considerado um dos mais fortes entre os que combatem o exército sírio. Apesar desta mudança, Washington e Moscovo mantiveram o grupo na lista de organizações terroristas.