O chefe da diplomacia de Moscovo exigiu, esta quarta-feira, que Washington tome partido entre a Rússia e a Geórgia. No entanto, a Casa Branca desdramatizou qualquer «confrontação» com o Kremlin.
Serguei Lavrov declarou em Moscovo que os Estados Unidos têm de escolher entre o apoio à presidência georgiana pró-ocidental de Mikhail Saakachvili – que substituiu o pró-russo Eduard Chevardnadze na Revolução da Rosa, em 2003 - e a fidelidade à «verdadeira parceria» com o Kremlin.
«Compreendemos que os Estados Unidos tenham um projecto especial para a liderança georgiana e que se empenhem nisso», disse ironicamente aos jornalistas Serguei Lavrov.
Mas - adiantou - «é chegado o dia de decidir entre o apoio a um projecto virtual, ou a verdadeira parceria nas questões que exigem uma acção colectiva», concluiu.
Reagindo, a Casa Branca insistiu em que as relações com a Rússia estão longe de qualquer «confrontação» por causa das regiões separatistas georgianas – ambas russófonas - da Ossétia do Sul (centro-norte) e da Abkhazia (noroeste).
A porta-voz Dana Perino classificou as relações entre os dois países de «complexas e complicadas».
«Não falaria de confrontação, mas de relações complexas e complicadas», explicou.