Vida

Número de feridos em acidente ferroviário sobe para 47

Interior do Hospital de Vila Real TSF - Raquel de Melo Pereira

O descarrilamento de um comboio na Linha do Tua provocou um morto e 47 feridos, segundo um novo balanço da Autoridade Nacional da Protecção Civil. Entretanto, foi ordenada a abertura de um inquérito para apurar as causas do acidente.

Apesar dos números avançados pela Protecção Civil - um morto e 47 feridos -, o Governador Civil de Bragança está a avançar que o acidente na Linha do Tua desta sexta-feira fez dois mortos, incluindo uma mulher de 47 anos, natural de Vimioso e residente em Porto de Mós.

Jorge Gomes disse que à criança que faleceu quando estava a ser transportada para o hospital de Vila Real juntou-se outro morto, uma «senhora que foi retirada já morta da composição» que descarrilou na Linha do Tua, e que tinha ficado presa por baixo da carruagem tombada.

Além disso, existe um ferido que «inspira cuidados», adiantou o Governador Civil de Bragança, acrescentando que muitos dos 40 feridos já regressaram a casa.

«Estamos a evacuar a zona e desmobilizar as corporações e o INEM para regressar à normalidade, dentro do possível» no local, acrescentou.

A composição ficou tombada três a quatro metros abaixo da linha mas no lado contrário do rio Tua - que segue dezenas de metros abaixo da ferrovia.

Entretanto, os feridos ligeiros foram transportados para os centros de saúde de Mirandela e Carrazeda de Ansiães, sendo os mais graves encaminhados para o Hospital de Vila Real.

À TSF, Francisco Esteves, director clínico do hospital, disse que pelo menos quatro crianças e cinco adultos vão ser tratados naquela unidade hospitalar.

Já António Oliveira, chefe da equipa de urgência do hospital, adiantou que o estado de saúde de um dos feridos inspira grandes cuidados.

Também ouvido pela TSF, presidente da Câmara de Mirandela revelou que o maquinista da composição acidentada contou-lhe, quando se dirigia para o hospital, que ouviu uma «espécie de explosão, que fez deslocar a carruagem contra a barreira».

No entanto, José Silvano alertou que a explosão pode ter sido apenas uma impressão do maquinista e alertou para a necessidade de se conhecerem as causas do acidente.

Contactada pela TSF, a CP não quis comentar a hipótese de uma explosão no eixo frontal da composição ter estado na origem do descarrilamento.

Foi entretanto ordenada a abertura de um inquérito sobre o acidente, que ser conduzido pelo Gabinete de Investigação de Segurança e Acidentes Ferroviários (GISAF).