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12 sobreviventes dão a cara e a voz, numa exposição para mostrar que "a vida está de volta".
Maria tem a cara deformada, mas uns "olhos fantásticos", como a força - também fantástica - com que venceu o cancro na boca. O retrato de Maria é um dos doze que integram a exposição "Depois do Cancro, a Vida", que abre ao público esta quinta-feira, na Assembleia da República.
São fotografias e histórias de sobreviventes de cancro de cabeça e pescoço, a doença que os deixou sem língua ou maxilar, que atingiu a boca, o nariz, a laringe, a garganta ou a amígdala. Por ano, há 2500 novos casos deste tipo de cancro em Portugal, que mata três pessoas por dia.
Na 6ª Semana Europeia de Luta contra o Cancro de Cabeça e Pescoço, o médico do IPO de Lisboa, Eduardo Netto, sublinha que os sobreviventes guardam sequelas para a vida, como problemas de deglutição, mastigação ou a falta de saliva. É necessária uma "reabilitação oral", que passa pela terapia da fala, da deglutição e mesmo a colocação de próteses.
"Não encontrei derrotados, eles acham que a vida está de volta. E a vida está de volta mesmo."