O festival Olhares do Mediterrâneo espraia-se não só pelo cinema, mas também pela música, debates, exposições e workshops.
É nesse grande lago do Mediterrâneo que se faz este caldeirão de sopa de muitas culturas, muitas ideias, amizades e conflitos. É dentro deste plateau que se constrói o Festival de Cinema Olhares do Mediterrâneo, sempre através do olhar das mulheres - mais do que atrizes, realizadores, produtoras, montadoras. É esse prisma do olhar que conta aqui.
Antónia Pedroso de Lima, uma das vozes da dupla que faz mexer este festival, encara a ideia como um desafio: mostrar ao público de Lisboa a perspetiva das mulheres sobre este mundo nas margens do Mediterrâneo.
O mundo vai-se alterando, é uma forma viva de olhar as coisas de maneiras muito diferentes ou, pelo menos, com outros interesses. Ao longo desta cinco edições, os filmes a concurso foram revelando o espelho dos anseios, desejos e medos da vida de todos os dias.
"Arriscar" no amor, como na programação do Festival Olhares do Mediterrâneo, Cinema no Feminino. É uma das palavras usadas por Antónia Pedroso de Lima - para falar, por exemplo, sobre uma das secções do festival: Travessias (ou não fosse o Mediterrâneo essa grande passagem de um mundo para outro, dos pobres para os ricos, na esperança de a vida poder ser afinal uma outra coisa).
A 5.ª edição do festival Olhares do Mediterrâneo decorre de 27 a 30 de setembro, no Cinema São Jorge, em Lisboa.