Mundo

Morreu o cantor Charles Aznavour

epa07061309 (FILE) French singer Charles Aznavour performing during his concert in the Congress Hall at the Palace of Culture and Science in Warsaw, Poland, 23 June 2014 (reissued 01 October 2018). According to reports Armenian-born French singer Charles Aznavour has died aged 94 on 01 October 2018. EPA/JACEK TURCZYK POLAND OUT EPA

Cantor francês tinha 94 anos.

Morreu o cantor francês Charles Aznavour, aos 94 anos, avança a Agence France Presse.

Conhecido por canções como "La Bohème", "For Me Formidable", "Emmenez-moi" ou "Je Me Voyais Déjà", Charles Aznavour esteve em Portugal em 2016.

As causas não foram reveladas. O músico francês tinha vários concertos marcados, sendo o próximo no dia 8 de novembro, em Paris.

Com mais de 180 milhões de discos vendidos, Aznavour escreveu mais de 800 canções e gravou mais de 1200, em oito idiomas diferentes.

Considerado uma lenda viva da "chanson française", o cantor, compositor e ator recebeu, em 2008, a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores.

O radialista David Ferreira, com uma carreira de 29 anos na edição fonográfica - primeiro na Valentim de Carvalho, empresa fundada por um tio-avô, depois como rosto da Emi, destaca "um homem que encheu décadas e décadas de canção francesa.

Filho de imigrantes arménicos, Aznavour cantou para presidentes, papas e reis. Em 1998 foi nomeado "Entertainer of the century" ("Artista do século") pelos consumidores de marcas globais de media como a CNN.

Em 2015 editou "Encores", o último álbum de inéditos, que inclui uma homenagem a Edith Piaf e "You"ve got to learn"- música do repertório de Nina Simone.

Presidente francês diz que cantor marcou três gerações

O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje que a música de Charles Aznavour, que morreu esta madrugada, aos 94 anos, "acompanhou as alegrias e as tristezas de três gerações".

Sobre o intérprete de "C"est triste Venise", o Chefe de Estado francês escreveu, na sua conta na rede social Twitter, que era "profundamente francês, visceralmente ligado às suas raízes arménias, reconhecido no mundo inteiro".

Macron revelou que tinha convidado o cantor e compositor para um concerto no âmbito da Cimeira da Francofonia, que se reúne na próxima semana em Erevan, capital da Arménia."Partilhamos com povo arménio o luto do povo francês", afirma o Presidente da França.

"As suas obras-primas, o timbre de sua voz, o seu brilhantismo único, permanecerão por muitos anos na memória", acrescentou o Presidente gaulês.

*com Lusa