Cerca de 150 mil pessoas participaram hoje à noite em Barcelona, debaixo de chuva, numa manifestação silenciosa destinada a reprovar o assassínio, na
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Agitando cartazes com a frase «pela liberdade, contra o terrorismo» em catalão, os manifestantes percorreram a avenida Diagonal, no centro de Barcelona, atrás de uma faixa de apoio à polícia municipal.
O presidente do governo autónomo catalão, Jordi Pujol, o vice-presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jose Piqué, desfilaram à frente do cortejo.
A manifestação terminou na praça da Catalunha, onde uma inspectora da polícia municipal de Barcelona leu uma declaração denunciando «a irracionalidade, a brutalidade a loucura da ETA».
«Com este crime, os assassinos roubaram-nos um concidadão, um servidor público, uma parte de nós mesmos. Os terroristas querem semear o medo, a confusão e o ódio, desmoralizar-nos e desesperar-nos». «Nunca o conseguirão», afirmou.
O polícia municipal Juan Miguel Gervilla Valladolid, 38 anos, casado e pai de dois filhos, foi abatido com duas balas na fronte e no peito quarta-feira de manhã por dois presumíveis militantes da ETA que tinha surpreendido a empurrar uma viatura cheia de explosivos.
O polícia foi enterrado hoje de manhã na mais estrita intimidade familiar.
Ao fim da manhã, vários milhares de pessoas tinham participado em concentrações silenciosas em frente das câmaras da maioria das cidades de Espanha, como é habitual depois de cada atentado mortal da ETA.
A organização armada basca assassinou 23 pessoas desde o início do ano, quatro das quais na região de Barcelona.