Quase 40 por cento dos toxicopendentes que estão nas ruas nunca fizeram qualquer tratamento, concluiu um estudo do Instituto da Droga e Toxicodependência, citado pelo Público. Segundo este estudo, 50 por cento dos inquiridos nunca fizeram testes para saber se tinham SIDA.
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Quase 40 por cento dos toxicodependentes que vivem nas ruas e que consomem droga há mais de uma década nunca fizeram qualquer tipo de tratamento, concluiu um estudo levado a cabo pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência.
Segundo este estudo citado pelo jornal Público e que leva em conta dados de 2004 e uma amostra de 1216 consumidores, demonstra que 37 por cento destes nunca fez qualquer tratamento.
Contudo, destes 88,9 por cento tentaram fazer desabituações, ou seja, tentaram deixar os estupefacientes, na maioria das vezes por sua conta e risco, que no caso da heroína pode demorar entre sete a dez dias.
Estas tentativas de desabituação são em 62,4 por cento dos casos tentadas em casa, sendo que noutros casos são feitas com a ajuda de medicação prescrita, por exemplo, pelo médico de família.
Entre os inquiridos neste estudo, 62,9 por cento escolheram a opção de tratamento por pelo menos uma ocasião, sendo que a maioria recorreu a um Centro de Atendimento de Toxicodependentes.
Este estudo conclui ainda que 33 por cento dos toxicodependentes já partilharam algum tipo de material de consumo, tendo na maior parte dos casos pedido emprestado, ou então, encontrado esse material na rua. Entre os materiais mais partilhados estão a colher e depois a seringa.
Outra das conclusões deste estudo é de que 48,8 por cento dos toxicodependentes nunca foram sujeitos a testes de rastreio para o HIV, ao passo que 55,3 por cento nunca fizeram testes à Hepatite B e 46,4 por cento à Hepatite C. Só 35,7 por cento foram rastreados em relação à tuberculose.
Entre as doenças contagiosas de que são portadores estes inquiridos, 65,3 por cento têm diagnóstico positivo à Hepatite C, ao passo que 38,1 por cento são portadores do HIV.