Um estudo levado a cabo na Suécia sugere que é nos países industrializados que as pessoas vivem até mais tarde. A evolução clínica e a melhoria das condições sanitárias podem ser explicações viáveis para uma vida longa que, em média, pode ir até aos 110 anos.
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Pesquisadores da Universidade californiana de Berkeley encontraram evidências que sugerem que a longevidade do ser humano nas sociedades industriais está a crescer. Estes indícios foram anunciados depois de um exame exaustivo feito aos arquivos dos óbitos na Suécia desde 1861 até ao presente.
Aquela lista de longevidade agora analisada é a mais completa e perfeita alguma vez compilada.
A equipa notou ainda que a idade máxima para os cidadãos suecos está, de uma forma moderada, a subir não mostrando nenhuns sinais de descida. A este respeito, os cientistas colocam em cima da mesa a velha questão da existência de um limite para a longevidade.
«Mostrámos que a idade máxima de vida está a alargar-se. Não há uma constante biológica», diz o professor John Wilmoth. «Se este processo pode ou não correr indefinidamente, isso não sabemos», conclui.
Embora estes dados disponíveis na Suécia não o sejam em outros países, Wilmoth acredita que os resultados destas análises podem ser aplicáveis em outros países industrializados.
Tecnologia médica
Nos anos 60 do século passado, a pessoa sueca mais velha tinha 100 anos; na mesma década mas neste século, a idade prolongou-se até aos 105 anos. Actualmente, a média pode subir até aos 108 anos.
A equipa de Berkeley, num artigo publicado no jornal «Science», diz que a idade pode ter vários factores que a prolongam, incluindo melhores condições sanitárias e a melhoria de cuidados de saúde.
Como a evolução vai continuar nesses dois campos, particularmente na tecnologia médica, existem fundamentos para admitir que a longevidade vai continuar a subir, pelo menos, até aos 110 anos.
Grande parte da pesquisa em redor da possibilidade de uma vida mais longa tem como objectivo uma melhor compreensão dos processos biológicos que espoletam a deterioração das células que constituem o nosso corpo.
Quando a francesa Jeanne Calment morreu em 1997, com 122 anos de idade, foi aclamada a pessoa que mais tempo viveu. No entanto, sabe-se de múltiplos casos de pessoas que viveram ainda mais tempo.