O ex-secretário-geral do PCP Carlos Carvalhas saudou este domingo o seu sucessor, Jerónimo de Sousa, perante o XVII Congresso comunista e prometeu continuar a lutar no partido.
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«Aqueles que deixam os órgãos executivos, como o secretário-geral cessante, não se despedem porque continuam a luta convosco», sublinhou, numa intervenção muito aplaudida e saudada por um mar de bandeiras vermelhas do PCP.
«Quero expressar à nova direcção e ao camarada Jerónimo de Sousa os votos de êxito e do melhor trabalho na difícil tarefa que todos, sublinho todos, vamos enfrentar», afirmou Carlos Carvalhas, numa breve intervenção, antes de o novo secretário-geral encerrar os trabalhos.
«Este foi um Congresso de um partido que sempre foi e sempre será comunista, por vontade dos seus militantes», acrescentou o homem que liderou o PCP durante 12 anos.
Para Carvalhas, a reunião magna dos comunistas demonstrou «um partido vivo, combativo, insubmisso e com ideias para o futuro».
«Com as naturais diferenças de opinião, o nosso Congresso deu um importante contributo para a nossa coesão e liberdade de pensamento e de acção», acentuou o ex-secretário-geral do PCP, sublinhando que todos tiveram oportunidade de «exercer com soberania a sua decisão e liberdade política».
Carlos Carvalhas, que abandonou todos os órgãos executivos do partido, destacou também o «rejuvenescimento e renovação» no Comité Central, para onde entraram 36 novos membros.