Ferro Rodrigues afirmou esta quarta-feira, em declarações à TSF, que a decisão de Jorge Sampaio dissolver o parlamento só vem confirmar aquilo que tinha previsto há quatro meses, quando se demitiu de secretário-geral do PS.
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Ferro Rodrigues sublinha que em Julho defendeu eleições antecipadas, porque, além do factor relacionado com a «falta de legitimidade democrática» do Governo, «já então o país vivia em crise económica e social e assistia ao seu primeiro-ministro (Durão Barroso) a abandonar o cargo para ir para Bruxelas».
«O descontentamento dos portugueses em relação à maioria PSD/CDS-PP era evidente e tinha-se traduzido claramente no resultado das eleições de Junho para o Parlamento Europeu», recorda o ex-secretário-geral do PS.
Ferro Rodrigues frisa ainda que, durante as conversas que teve com o Presidente da República, sublinhou sempre «os riscos de instabilidade» se nomeasse Pedro Santana Lopes primeiro-ministro. «A realidade confirmou a análise então feita», acrescentou.
«Espero que dêem agora oportunidade ao PS»
«Espero que os portugueses dêem agora a oportunidade ao PS de governar com o seu programa e com maioria absoluta, para bem do país», declarou Ferro Rodrigues.
«Revejo-me na posição do Presidente da República, mas também nas posições assumidas pelo secretário-geral do PS, José Sócrates», vincou o ex-líder socialista, dizendo que estará ao lado do seu partido «em todos os combates que forem necessários».