O Departamento de Justiça norte-americano abriu uma investigação sobre as fugas de informação chegadas à imprensa sobre um programa de escutas altamente secreto autorizado por George W. Bush.
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A coberto de anonimato, uma fonte do Ministério da Justiça referiu que foi aberta «uma investigação sobre a divulgação não autorizada de informações secretas ligadas à Agência da segurança Nacional (NSA)», responsável pelas escutas norte-americanas.
George W. Bush admitiu ter autorizado a NSA a controlar, sem mandado judicial, conversas telefónicas e electrónicas entre os Estados Unidos e países estrangeiros, no quadro da luta anti-terrorista após os atentados de 11 de Setembro, afirmando que estas escutas eram perfeitamente legais.
A medida levada a cabo pelos Estados Unidos rompe com a prática dos serviços secretos, que exige um mandado judicial para vigiar uma pessoa que resida no país.
Depois deste caso ter sido revelado a 16 de Dezembro pelo New York Times, o Presidente norte-americano denunciou, violentamente, as pessoas que divulgaram «de modo irregular» o programa de escutas.
Segundo o jornal, Bush assinou em 2002 um ordem que permite à NSA, uma das agências de informações mais secretas, espiar as comunicações telefónicas e electrónicas dos Estados Unidos para o estrangeiro sem solicitar previamente um mandado da justiça.
Ainda de acordo com o New York Times, centenas ou milhares de pessoas norte-americanas e estrangeiras que estavam nos Estados Unidos foram vigiadas nos últimos três anos.