A actividade económica em Portugal acelerou no terceiro trimestre, com melhoria nos principais sectores de actividade, com excepção da construção, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Na Síntese Económica de Conjuntura, divulgada esta quarta-feira, o INE assinala que o indicador de actividade económica melhorou no terceiro trimestre, após desaceleração no segundo, embora ficando aquém do nível do primeiro trimestre.
O indicador de actividade ficou em 1,1 no primeiro trimestre, 0,4 no segundo e 0,8 no terceiro.
O INE acrescenta que o indicador de clima económico, que reflecte as perspectivas dos empresários da indústria, comércio, construção e serviços, estabilizou em Outubro e manteve-se no nível mais elevado dos últimos dois anos.
O indicador de clima económico ficou em 0,5 nos três meses terminados em Outubro, ao nível do terceiro trimestre e dos três meses concluídos em Agosto.
No mercado de trabalho, o desemprego diminuiu no terceiro trimestre pela primeira vez desde o trimestre inicial de 2001 e o emprego aumentou a um ritmo um pouco mais elevado do que no trimestre anterior.
Do lado da oferta, verificou-se um andamento positivo na indústria transformadora, com a produção a acelerar para um acréscimo de 2,2 por cento, e nos serviços, com um crescimento de 3,0 por cento do volume de negócios, enquanto as indicações para a construção não revelaram qualquer sinal de recuperação.
A produção da construção agravou-se, para uma queda de 8,0 por cento no terceiro trimestre.
Do lado da procura, o INE assinala que as indicações sobre o comércio a retalho e alguns serviços «tornam verosímil um andamento mais positivo do consumo corrente» e indiciam uma recuperação das vendas de bens duradouros.
Contudo, o INE ressalva que a evolução do consumo no terceiro trimestre está positivamente condicionada por um efeito de base, que foi a antecipação de compras em Junho de 2005, devido ao aumento do IVA em Julho do ano passado.
O INE assinala que as indicações existentes apontam para um ritmo de crescimento forte das exportações no terceiro trimestre, com níveis de crescimento em valor que não se verificavam desde o fim de 2000.