Os 36 elementos de extrema-direita, incluindo o seu líder, Mário Machado, vão a julgamento pelo crime de discriminação racial e outras infracções criminais conexas. a decisão foi tomada pela juiza de instrução do Tribunal de Monsanto, Lisboa.
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Por decisão da juíza Filipa Valentim, os arguidos foram pronunciados de todos os crimes de que vinham acusados pelo Ministério Público (MP), com excepção do crime de «farmácia ilegal» que foi retirado a Mário Machado.
A juíza decidiu manter a medida de coacção de prisão preventiva a Mário Machado, determinando ainda que outros três arguidos que se encontravam em prisão domiciliária permaneçam com esta medida de coacção.
No dia 18 de Setembro, o MP acusou 36 elementos do Capítulo Português da organização de extrema-direita violenta Hammerskin Nation, pela prática reiterada de crimes de discriminação racial e outras infracções criminais conexas, na sequência de uma investigação da Polícia Judiciária (PJ).
Em declarações à TSF, José Manuel de Castro, advogado de defesa de Mário Machado, acusou a justiça de actuar de forma mais branda perante situações de maior gravidade.
«Estranhamos que o rigor da lei se mantenha sempre para o mesmo lado quando, em circunstâncias socialmente mais danosas, as pessoas saem em liberdade», considerou.
O advogado disse ainda esperar que «o julgamento não
tenha influências políticas».