Dias Ferreira entende que a actual administração da SAD do Sporting não tem condições para prosseguir em funções. Em declarações à TSF, o candidato à presidência do Sporting diz que apesar disto não há necessidade de eleições antecipadas.
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Dias Ferreira considerou, esta segunda-feira, que a actual administração da SAD do Sporting «não tem condições» para prosseguir em funções numa altura em que o clube atravessa uma grave crise de resultados agravada pela derrota caseira frente à Académica, no domingo.
O candidato à presidência do Sporting considera que há no clube uma «espécie de autismo» e que o problema não se resume ao treinador José Peseiro.
«Toda a gente sente a crise e julgo que não tem uma só causa nem uma causa tão próxima quanto isso. Terá uma causa mais remota, mas há manifestamente uma falta de liderança a todos os níveis que se reflecte em todas as situações», explicou.
O antigo elemento do Conselho Leonino entende que Dias da Cunha «tem de assumir as responsabilidades do bem, e há muito que foi feito por ele, mas julgo que também há alguma teimosia em algumas situações e esta nem sempre é liderança».
«A liderança adquire-se e exerce-se doutra forma e penso que neste momento ela não está a ser convenientemente exercida, não sei se por culpa total de Dias da Cunha se pelas pessoas que o acompanham que não o ajudam», acrescentou.
Apesar de toda esta situação, Dias Ferreira considerou que não é tempo para pedir eleições antecipadas, sendo que isso apenas se justifica se se persistir na «teimosia de se achar que está tudo bem na SAD e não há que modificar nada».
«A ser assim eu próprio começarei a pensar em reclamar eleições antecipadas, mas neste momento considero que não é necessário nem muito útil, porque acho que há medidas que podem ser tomadas que não necessitam de eleições», disse.
Dias Ferreira entende que bastaria convocar uma assembleia-geral para por exemplo mudar a administração da SAD, já que esta «não tem condições para dar a volta por cima».
«Há num divórcio tão grande entre a administração e, ao que parece, com a equipa e os adeptos que não me parece que seja possível e que haja condições sequer psicológicas para dar a volta por cima», concluiu.