A Associação Empresarial de Portugal (AEP) enviou uma carta à EDP a queixar-se de interrupções no fornecimento de energia eléctrica que ocorrem com «elevadíssima frequência» e afectam, em geral, «inúmeras» empresas portuguesas.
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Na carta, a AEP refere que as interrupções se vão sucedendo «a um ritmo insustentável, bastando para tal que se verifiquem, como nos últimos dias, condições meteorológicas adversas».
Estas, acrescenta a associação através do seu vice-presidente Couto dos Santos, põem em causa a capacidade da EDP para garantir condições básicas para a actividade produtiva corrente das empresas.
«Os custos destas interrupções são muito elevados, quer porque implicam a paragem e o reinício de funcionamento dos processos produtivos (em alguns casos com consequências extremamente pesadas), quer pelos danos causados em equipamentos mais sensíveis», escreve.
Para Couto dos Santos, os clientes da EDP «têm direito a que lhes seja prestado um serviço em condições consonantes com o preço que por ele pagam», mas, pelo contrário, verifica-se que «a electricidade que os industriais portugueses consomem é não só cara como de má qualidade».
A associação termina a carta apelando à «empresa dominante do sector eléctrico nacional» para que tome «urgentemente as medidas indispensáveis para prestar níveis de qualidade de serviço consonantes com a sua função de interesse estratégico para a economia».
A Lusa tentou ouvir a administração da EDP, que remeteu para mais tarde esclarecimentos.