Os agricultores da CNA protestam, quinta-feira, junto ao Parlamento seguindo depois em direcção à residência oficial do primeiro-ministro, contra a reforma da Política Agrícola Comum porque consideram que não serve os interesses da agricultura nacional.
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Cerca de quatro mil agricultores deslocaram-se a Lisboa onde desfilaram, do Marquês do Pombal até São Bento, em protesto contra as consequências «nefastas» da reforma da Política Agrícola Comum (PAC).
Os agricultores da Confederação Nacional dos Agricultores (CNA) já entregaram um documento na Assembleia da República onde dão conta das suas apreensões no que respeita às consequências da aplicação das novas regras da PAC em Portugal.
No Palácio de São Bento vai ser entregue um documento semelhante ao que foi entregue na Assembleia da República, onde a Confederação Nacional dos Agricultores apesar de reconhecer que Bruxelas deu uma margem de manobra reduzida a Portugal, pede ao Governo para não desistir e não «matar» a agricultura familiar.
A CNA considera a reforma da PAC «muito má» para a agricultura familiar e para o mundo rural e acusa o Governo de favorecer os grandes proprietários de cereais e arvenses, ao substituir, já a partir de 2005, as designadas «ajudas da produção» por uma «ajuda única por exploração», como base no rendimento histórico dos últimos três anos.