O Governo prevê que, até finais de 2009, 53 mil hectares de regadio projectados para o Alqueva estejam a receber água. No entanto, para a Confederação dos Agricultores de Portugal, o preço da água inviabiliza vários projectos.
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O ministro da Agricultura estimou, esta segunda-feira, que, até ao fim de 2009, cerca de metade dos 110 mil hectares de regadio projectados para o Alqueva esteja a receber água, apesar de actualmente a área beneficiada corresponder a menos de nove mil hectares.
Em declarações à TSF, Jaime Silva garantiu que, «até ao fim do próximo ano, estarão para rega 53 mil hectares», o que significa que está a ser feita «uma antecipação de mais de 15 anos neste caso».
O titular da pasta da Agricultura mostrou-se ainda convencido de que o custo da água não constitui um problema para os agricultores, afirmando que o preço «foi calculado de maneira a não inviabilizar as explorações agrícolas no Alentejo».
«Os agricultores que acham que o preço da água é caro vejam as explorações que hoje têm rega e os investimentos que estão a ser feitos», por empresários portugueses e estrangeiros e que «vão ter rentabilidade, apesar do preço da água», sublinhou.
Por seu lado, o secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) alertou que o preço da água do Alqueva, que começou por custar 10 cêntimos por litro e que foi sofrendo vários aumentos, inviabiliza vários projectos.
O empreendimento no Alqueva, que a nível de «produção de energia já está a funcionar», do ponto de vista agrícola tem «custos inerentes à utilização de água, que inviabilizam um grande conjunto de produções», afirmou Luís Mira.