O ministro da Justiça diz que a operação de combate à criminalidade associada ao negócio da noite, lançada no domingo pela Polícia Judiciária, foi o «sinal de confiança» de que todos estavam à espera. Alberto Costa recusa ainda a ideia de um mal-estar provocado na PJ, devido à nomeação de uma equipa especial, liderada por uma procuradora de Lisboa, para investigar os crimes no Porto.
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O ministro da Justiça disse, esta segunda-feira, que a operação de combate à criminalidade associada ao negócio da noite, lançada no domingo pela Polícia Judiciária, foi o «sinal de confiança» de que todos estavam à espera.
«A operação representou uma prova de capacidade da PJ, uma instituição que nos habitou a actuar a favor da segurança dos portugueses e da investigação dos crimes complexos», revelou Alberto Costa, em declarações à TSF.
«Essa demonstração de capacidade correspondeu também a um sinal de confiança de que estávamos todos à espera», acrescentou.
Questionado sobre se esta operação será determinante para pôr fim à actual onda de violência no Porto, o governante sublinhou que a «luta contra o crime violento não tem fim», defendendo «a necessidade de novas diligências, para manter pressão adequada em relação às ameaças que se verificam».
Em relação ao mal-estar provocado na PJ pela nomeação, por parte do Procurador-Geral da República (PGR), de uma equipa especial liderada por uma procuradora de Lisboa para investigar os crimes violentos da noite do Porto, Alberto Costa defendeu que «os investigadores da PJ não se devem entregar a estados de alma».
Sobre a questão do não pagamento das horas extraordinárias reclamadas pela ASFIC, o titular da pasta da Justiça afirmou que o Governo limita-se a cumprir a lei.
«Um parecer emitido sobre essa matéria foi homologado e é cumprido; portanto, o direito está a ser seguido, pelo que não há reparos quanto à legalidade desse processo», considerou.
António Cluny nega mal-estar entre magistrados e PJ
Ouvido igualmente pela TSF, o presidente do Sindicato dos Magistrados dos Ministério Público negou a existência de mal-estar entre magistrados e PJ, sublinhando que a prova disso mesmo é a concretização da operação "Noite Branca".
Ainda assim, António Cluny vai ser hoje recebido pelo PRG, Pinto Monteiro, para dar conta de algum desconforto sentido pelos magistrados do Porto.