Manuel Alegre optou pela abstenção na votação da proposta do Bloco de Esquerda que pretendia a revogação da transformação da Estradas de Portugal em Sociedade Anónima.
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Em contra ciclo com os companheiros de bancada, Manuel Alegre optou pela abstenção na votação da proposta que pretendia a revogação da transformação da Estradas de Portugal em Sociedade Anónima.
A iniciativa era do Bloco de Esquerda mas o deputado socialista admitiu que «concorda» com o essencial da proposta.
«No essencial concordo com a proposta de aditamento feita pelo Bloco de Esquerda», afirmou, confessando que está «preocupado» com a hipótese de privatização.
Numa declaração de voto entregue hoje, Manuel Alegre justificou a sua abstenção em relação à proposta do BE com «uma questão de método», salientando que as questões que colocou ao Governo «ainda não foram respondidas».
«Achei que não era correcto fazer uma votação tão radical. Ainda não estou esclarecido», reforçou, depois, aos jornalistas.
«A filosofia preocupa-me. Há uma possibilidade de privatização da Estradas de Portugal, que contraria a tradição», acrescentou, questionando: «Se for à falência, como é que é?».
Manuel Alegre frisou que as estradas «sempre foram públicas» e são «um monopólio natural, como a água».