A Entidade Reguladora da Saúde avança que alguns hospitais se recusam a tratar doentes com esclerose múltipla para conseguirem economizar uns milhares de euros. Como consequência, estes doentes crónicos têm de gastar mais ao deslocarem-se a outros hospitais.
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A entidade reguladora do sector avançou, esta segunda-feira, que detectou alguns casos de unidades de saúde públicas com uma taxa de atendimento muito baixa, quando se trata de doentes com esclerose múltipla, segundo um estudo que irá apresentar no final do mês.
O Presidente da Entidade Reguladora da Saúde, Álvaro Almeida, disse à TSF que está questão está centrada em «hospitais que deveriam receber os utentes» com esclerose múltipla e que não o estão a fazer para «economizar uns milhares de euros».
Álvaro Almeida mostrou-se «preocupado» com a situação dos doentes crónicos afectados, que têm de se deslocar a entidades hospitalares «menos acessíveis e mais longe», o que representa um custo adicional para eles.
Segundo o responsável, a entidade reguladora do sector está desde o início do ano a investigar o comportamento de 36 hospitais da rede pública, tendo concluido que entre seis a dez não justificaram o motivo pelo qual acompanham um número de portadores de esclerose múltipla muito baixo.
O estudo com o nome dos hospitais que apresentam uma taxa de atendimento destes doentes muito baixa só deverá ser público no final do mês.