Foi lançada, esta quarta-feira, uma invenção para evitar o «síndrome da classe turística» - um problema de circulação sanguínea que pode causar tromboses nas pernas dos passageiros de aviões.
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Foi lançada, esta quarta-feira, uma invenção para evitar que os passageiros de voos de longa duração corram o risco de desenvolver coágulos sanguíneos nas veias das pernas, um fenómeno que ficou conhecido como «síndrome da classe turística», avançou a BBC.
Trata-se de uma almofada com dois compartimentos de ar que são ligados por um tubo. O passageiro coloca a almofadinha no chão, por baixo dos pés, e faz pressão alternadamente nos dois compartimentos.
O ar de um dos lados da almofada desloca-se para o outro assim que o passageiro pressiona com os pés. Assim, as pernas do passageiro ficam em exercício contínuo o que melhora a circulação sanguínea.
O sistema foi inventado por um piloto aposentado da companhia britânica de aviação, British Airways, que estava na cabina de pilotagem quando um passageiro desembarcou do avião com sintomas de trombose nas veias profundas.
Médicos aprovam invenção
Os médicos têm recomendado aos passageiros que andem pelo corredor do avião para minimizar o risco de trombose, mas as companhias aéreas temem que a intensa movimentação de passageiros provoque problemas de segurança de voo.
O cirurgião vascular britânico John Scurr afirma que esta almofada é eficaz no combate à má circulação. Segundo Scurr, o uso do «airogym» - nome atribuído à invenção - faz com que, nalguns casos, a circulação sanguínea das pernas aumente até mais do que o normal.
Segundo os médicos, a acção de flexionar os pés para melhorar a circulação - como recomendam as companhias aéreas - não é tão eficaz. A almofadinha parece ser mais eficiente pois exige a pressão dos pés.
Mais de 2000 vítimas por ano
O «síndrome da classe económica» foi baptizado com este nome porque o espaço limitado de um passageiro dentro do avião obriga-o a ficar sentado na mesma posição durante várias horas - o que, geralmente, não acontece com os passageiros VIP que têm lugares mais espaçosos.
O «síndrome da classe turística» afecta passageiros de voos de longa duração e faz mais de 2000 vítimas por ano, segundo uma investigação levada a cabo pelo hospital de Ashford em Middlesex, Inglaterra.