O desempenho dos alunos portugueses de 15 anos é mais baixo do que a média dos seus colegas de 57 países a Ciências, Matemática e Leitura, segundo um estudo da OCDE. O secretário de Estado Adjunto e da Educação confessa estar insatisfeito com estes resultados, mas destaca a estabilidade destes de ano para ano.
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Em 2006, o PISA (Programme for International Student Assessment) avaliou os conhecimentos e competências dos estudantes que estão a terminar ou já concluíram o ensino obrigatório, comparando os resultados dos vários países envolvidos (30 da Organização e 27 parceiros).
A nível dos conhecimentos científicos, os alunos portugueses alcançaram uma pontuação de 474, o que corresponde ao 37º lugar entre os 57 países que participaram no estudo.
Os países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) registaram uma média de 500 pontos, enquanto a média global foi de 491.
Segundo o estudo, mais de metade dos estudantes portugueses (53,3 por cento) só demonstraram conhecimentos básicos neste domínio, não indo além do nível dois em seis níveis de complexidade.
Apesar de negativo, o desempenho nacional em Ciências melhorou face a 2003 e 2000, quando os alunos alcançaram uma pontuação de 468 e 459, respectivamente.
Já no que diz respeito aos conhecimentos matemáticos, o desempenho dos estudantes portugueses de 15 anos ficou 32 pontos abaixo da média da OCDE (466 contra 498) e 18 abaixo da média total, fixada nos 484.
O desempenho dos portugueses não sofreu alterações face a 2003 no que diz respeito à Matemática, o mesmo acontecendo ao nível da Leitura, em que a variação registada não é estatisticamente significativa (menos cinco pontos do que em 2003, mas mais dois do que em 2000).
Em reacção, o secretário de Estado Adjunto e da Educação disse à TSF estar «insatisfeito» com estes resultados, apesar de realçar a estabilidade destes de ano para ano.
«Os resultados deste estudo revelam uma estabilidade, com pequenas melhorias no caso das Ciências e Leitura», disse Jorge Pedreira, reconhecendo, no entanto, que há um longo trabalho pela frente na recuperação dos estudantes com problemas de aprendizagem.