As associações ambientalistas querem que a temperatura do planeta não aumente mais que dois graus nas próximas décadas. É isso que estas associações irão exigir a partir desta segunda-feira, em Nairobi, no Quénia, na 12ª Conferência Internacional sobre o Clima.
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As associações ambientalistas exigem, a partir desta segunda-feira, em Nairobi, no Quénia, na 12ª Conferência Internacional sobre o Clima, aos governantes mundiais que a temperatura do planeta não aumente mais que dois graus nas próximas décadas.
Para estas associações, este objectivo pode apenas ser alcançado caso os países em vias de desenvolvimento, que não são signatários do Protocolo de Quioto, decidam também reduzir as emissões de gases que provocam efeitos de estufa.
O dirigente da Quercus, Francisco Ferreira, que estará presente nesta conferência, diz que estará em debate um novo protocolo que possa substituir aquele que foi assinado em Quioto.
Este responsável diz que seriam impostas limitações a estes países no que toca ao desflorestamento e fogos, a par de investimentos na redução da emissão dos gases que provocam efeitos de estufas, sem que sejam impostos limites para já.
«As consequências das alterações climáticas para África serão alvo de grande atenção, com um olhar do evoluir da situação política nos EUA e a esperança de que venham a aderir à luta climática daqui a alguns anos», acrescentou.
Francisco Ferreira lembrou ainda que as emissões de gases que provocam o efeito de estufas estão em Portugal 41 por cento acima do nível registado em 1990, quando o Protocolo de Quioto apenas permitia uma subida de 27 por cento.
«Isto significa que, para além de custos na ordem dos 350 milhões de euros já assumidos pelo Estado, é preciso reduzir, em média, cerca de um por cento das nossas emissões desde 2004 a 2012, o que, no entender da Quercus, vai ser muito difícil», concluiu.
O Plano Nacional para as Alterações Climáticas, publicado há três meses pelo Governo, ainda não tem uma agenda com as medidas a realizar, o que causa estranheza a associação ambientalista portuguesa.