Os ataques aéreos da NATO no Kosovo agravaram consideravelmente o meio ambiente local e vão ter efeitos prolongados sobre a saúde e a qualidade de vida das futuras gerações.
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Os bombardeamentos efectuados pela NATO ao Kosovo vão ter consequências ambientais durante as gerações futuras. Os efeitos vão ser prolongados e vão afectar a qualidade de vida no futuro.
A afirmação é feita pela Comissão Ambiental da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, que no seu projecto de recomendação diz que os Estados participantes nas operações ignoraram as normas jurídicas internacionais destinadas a limitar os danos ambientais em casos de guerra.
Estas normas são de um protocolo adicional da Convenção de Genebra de 1949.
O projecto da Comissão Ambiental defende uma atribuição de uma ajuda financeira suplementar às organizações que estão a trabalhar na reparação dos danos causados pela guerra.
A Comissão defende ainda a elaboração de uma convenção internacional para limitar os atentados ambientais em caso de conflitos militares.
O relatório explica que a propagação de poluentes na atmosfera, nos cursos de água e no subsolo, directa ou indirectamente provocada pela intervenção militar, afectou o sudeste europeu, no seu todo.
É denunciado, em particular, a utilização de munições de urânio empobrecido, a descarga de soluções tóxicas no Danúbio, os incêndios de instalações industriais e os gases libertados pelos escapes dos aviões da NATO.
O projecto de recomendação hoje adoptado pela Comissão Ambiental, de desenvolvimento do território e dos poderes locais será, em seguida, submetido à análise da Assembleia Parlamentar reunida em sessão plenária.