Um militante da al-Qaeda, supostamente um norte-americano convertido ao Islão, ameaçou que Los Angeles e Melbourne serão alvo de novos ataques terroristas, segundo um vídeo este domingo difundido pelo canal ABC.
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«Ontem, Londres e Madrid. Amanhã, Los Angeles e Melbourne, se Deus quiser. Não contem connosco neste momento para mostrar retenção ou compaixão», refere Adam Gadahn em inglês e com o rosto coberto por um turbante.
«Somos muçulmanos. Gostamos da paz, mas a paz segundo o Islão não pertence aos ocupantes ou ditadores», adiantou Gadahn, que agitava a mão enquanto falava e levava uma arma automática ao ombro.
Os serviços de informação norte-americanos consideram que o orador do vídeo é um norte-americano originário da Califórnia que já tinha transmitido uma mensagem da al-Qaeda no ano passado, registo que na altura foi considerado válido.
O vídeo hoje divulgado foi entregue no escritório da cadeia norte-americana ABC no Paquistão.
Na mensagem, Gadahan diz ainda para «não acreditarem nas mentiras que residem na 1600 Pennsylvania Avenue (Casa Branca) e 10 Downing Street (residência do primeiro-ministro britânico Tony Blair)», sublinhando que «eles enviaram os nossos filhos e filhas para morrerem sozinhos nos desertos do Iraque e nas montanhas áridas do Afeganistão».
Durante o registo de 11 minutos, o orador afirma ainda que Osama bin Laden está vivo.
Há alguns atrás, Adam Gadahn era um adolescente que vivia na Califórnia e tinha como principais interesses a música heavy metal e a protecção ambiental.
Reagindo ao vídeo hoje difundido, o presidente da câmara de Los Angeles, António Villaraigosa, e a polícia local referem que a cidade não é objecto de qualquer ameaça terrorista específica.
«A declaração divulgada hoje de manhã não deve surpreender ninguém. É feita para instalar o medo, e o medo é a arma mais importante dos terroristas», sublinha um comunicado conjunto do presidente da câmara e da polícia.