Por todo o mundo sucedem-se as notas de condolências pela morte do rei Fahd, da Arábia Saudita. No entanto, Cláudia Pedra, directora da Amnistia Internacional portuguesa, recorda os atropelos aos direitos humanos que acontecem naquele país.
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«É um país onde existe pena de morte, há detenções ilegais onde as pessoas são mantidas incomunicáveis, há prisioneiros de consciência e, sobretudo, os direitos das mulheres estão muito longe de serem respeitados», salienta a responsável.
«Quanto ao rei Fahd, teve alguns pontos positivos sobretudo a nível legislativo, mas é muito difícil dizer que foi um reinado "positivo" num país onde há tantos atropelos aos direitos humanos», acrescenta Cláudia Pedra.
O rei Fahd da Arábia Saudita morreu esta segunda-feira aos 84 amos num hospital da capital Riade, anunciou o palácio real do país em comunicado.
O antigo rei saudita, que tinha chegado ao poder em 1982, estava afastado do poder desde 1995 quando sofreu um derrame cerebral, tendo então sido substituído na prática pelo agora novo rei.